domingo, 8 de maio de 2016

Problemas...

Problemas, problemas e mais problemas, somos submetidos à provas do momento em que somos concebidos até quando chega a hora de nos despedirmos desse plano terreno, e mesmo assim eu particularmente não acredito que a morte seja um ponto final. 

Penso nos problemas como uma parte fundamental da aprendizagem e não existe desenvolvimento sem aprendizagem, então é mais do que certo falarmos que nos desenvolvemos através dos problemas pelos quais passamos, e é isso mesmo, sempre tem uma lição a ser tirada de um pequeno problema ou daqueles problemas colossais que as vezes aparecem no meio do caminho e mexem na nossa zona de conforto e viram nossa vida de cabeça para baixo.

Os problemas de primeiro momento nos cegam, temos a terrível mania de deixarmos os problemas maiores do que nós mesmos, subestimamos nossa capacidade de resolução e superestimamos o problema, maldito problema, ou será bendito problema? Em suma os estudos de Piaget dizem que só enxergamos algo como um problema quando nosso cérebro já possui a capacidade de resolução do mesmo, por exemplo, 1+1 para uma criança de 4 anos não passa de formas, um risco, uma cruz e um risco, para uma criança em fase de alfabetização ela já entende aquilo como uma operação matemática pelo simples fato de que agora ela possui capacidade de resolução deste problema... ou seja, se temos um problema, temos também a capacidade de resolução para ele.

Daí então vocês me perguntam: "Mas por que então eu não consigo resolver os meus?", porque a sociedade, a escola não nos prepara para resolvermos problemas, ela nos prepara para acertarmos exercícios, ela nos apresenta um modelo padrão de resolução de problemas e somos obrigados a aceitar aquele modelo como absoluto e único, lembro até hoje que na época das equações eu não gostava de fazer aqueles cálculos gigantescos que ocupavam linhas do caderno pelo simples fato de que tinha facilidade para cálculos e fazia a maioria dos cálculos de cabeça, e lembro que constantemente era repreendido pela professora de matemática, por eu "não estar fazendo o cálculo" da maneira correta, e eu sempre pensava comigo "Como estou fazendo errado, se o resultado está correto?"

Não existe uma fórmula mágica para resolução de problemas, um modelo fixo para se conseguir algo, o que existe é uma estratégia que deu certo para a maioria, mas não é porque deu certo para maioria que ela vai dar certo pra você e mesmo que ela dê certo não significa que não existe um outro meio de resolução.  

Os problemas da vida não são operações matemáticas, eles envolvem diversos esquemas, sentimentos e outras pessoas, talvez sejam mais complexos que uma equação, mas são tão possíveis de resolver quanto, é preciso criatividade, foco e empenho, e tenho vivenciado isso nos últimos meses, se eu pudesse escolher uma palavra para definir meu último ano a palavra seria PROBLEMA, mas hoje com mais calma eu enxergo que já mudei muita coisa, que já resolvi muita coisa e que também tem algumas que preciso correr atrás e fazer, mas tenho a certeza que tudo o que tenho passado tem um porque e esse porque eu não vou descobrir quando estiver velho, esse porque é simples, a gente passa por problemas para sermos melhores, então se tenho passado por muitos problemas é porque tenho que me tornar muito melhor.

E por mais que eu não saiba de imediato a resposta para tudo, eu sei que tenho dentro de mim a capacidade de resolver qualquer problema que cruze meu caminho, porque a vida é um grande rearranjo, a gente se recompõe, a gente recomeça, se reinventa e por fim a gente se reencontra.