sexta-feira, 22 de abril de 2011

Um novo começo

Depois de muito tempo sem escrever eu resolvi voltar, sem pretensões de ser lido por milhares, de conquistar o mundo ou alguém apenas com a humilde expectativa de ser ouvido por mim mesmo... de encontrar nas palavras forças e motivos para me reconstruir... aprender a ser um novamente.

Muitas coisas aconteceram desde meu último post, coisas boas e coisas nem tão boas assim, mas essa é a vida uma sucessão de oposição que nos molda e nos torna melhores, ou pelo menos tenta nos tornar melhores.

Confesso que estou numa fase de instrospecção e muita amargura, confesso que ultimamente não tenho encontrado motivos para sorrir, parece que tenho um vazio dentro de mim, algo faltando e fico me perguntando: "O que me falta?"

Terminar um relacionamento não é fácil, a gente se acostuma com a rotina de ser dois, com a companhia do outro, com as manias, com os detalhes, e depois do fim o que resta é somente a lembrança e o vazio, vazio esse consome, que dói, que machuca.... e eu pergunto: "O que me falta?"

Pensei que talvez o que faltasse fosse um novo amor, e cheguei a conclusão que não, o que me falta não deixa de ser um novo amor, mas não é amar uma outra pessoa, mas assim amar mais a mim mesmo... pode parecer piégas mas é a mais pura verdade, o amor próprio é o mais importante de todos os amores, e confesso que isso me falta... preciso me amar mais, olhar para mim e ver que não me falta nada.

E quando não me faltar nada daí sim vai chegar a hora de amar alguém, um amor de verdade, um amor de estremecer o mundo, de fazer o coração bater acelerado, um amor que não espera nada em troca... então enquanto esse amor não chega, vou descobri em mim motivos para ser feliz...

Agora pouco estava assistindo "Comer, Rezar, Amar" e tem uma parte em que a Liz está escrevendo uma carta para seu ex e que ela fala sobre um lugar que ela visitou em Roma, achei muito interessante e acho que se encaixa perfeitamente no que está acontecendo na minha vida...

 "Lembra quando falou que devíamos ser infelizes juntos pra sermos felizes?  Considere uma prova do quanto te amo eu ter passado tanto tempo tentando fazer essa idéia dar certo. Mas, outro dia, um amigo me levou a um lugar incrível: o Augusteum.  Otaviano Augusto o construiu para abrigar seus restos mortais.  Quando os bárbaros vieram eles o demoliram junto com todo o resto. Como Augusto, o primeiro grande imperador de Roma, imaginaria que Roma e que todo o mundo como ele o conhecia ficaria em ruínas? É um dos locais mais sossegados e solitários de Roma. A cidade cresceu ao seu redor ao longo dos séculos. O lugar é como uma ferida, um coração partido ao qual você se apega pois a dor é boa.  Todos queremos que as coisas permaneçam iguais, David. Aceitamos viver infelizes porque temos medo da mudança, que as coisas acabem em ruínas.  Aí, eu olhei esse lugar, o caos que ele suportou, o modo como foi adaptado, queimado, pilhado e depois encontrou uma maneira  de ser reconstruído, e me tranqüilizei.  Talvez minha vida não tenha sido tão caótica. O mundo que é, e a única armadilha real é nos apegarmos às coisas.  A ruína é uma dádiva. A ruína é o caminho que leva à transformação"

Então do meio das ruínas vou me reconstruir... e hoje é um novo começo para mim....