domingo, 4 de julho de 2010

E agora?

Não sei quantos de vocês já se sentiram desse jeito, mas sinto como se tivesse alguém apertando meu coração, uma angústia, uma dor que não chega a doer, mas que incomoda e incomoda e muito... é a famoso dúvida... aquele sentimento de não saber o que fazer e muito menos como fazer.
Muitas vezes somos colocados em situações que temos que escolher entre uma coisa ou outra, seria bom poder ter todas as coisas juntas, mas a lei do universo diz que não... dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço e nem dois sentimentos o mesmo coração, então a escolha se faz necessária.
Pra quem me conhece sabe que sou uma pessoa intensa em meus sentimentos, quando amo não é simplesmente da boca pra fora, não são simplesmente palavras... quando eu amo é fogo, é paixão, é desejo, é tesão é um desencadeamento de reações químicas que fazem com que meu coração bata mais forte, com que meus lábios insistam em manter um sorriso em meu rosto e meus pensamentos voltados para o agente desencadeador de tal reações.
Sou uma pessoa movida por emoções, preciso sentir para saber que sou vivo... e ultimamente não tenho sentido... não tenho vivido.
Relacionar-se é um jogo de risco, as coisas podem dar totalmente certas ou podem dar totalmente erradas, é importante pesar o quanto vai se apostar nesse jogo e no meu caso apostei muita coisa, coloquei muita coisa em jogo, no início entrei de cabeça, passei por cima de alguns valores, mudei minha rotina, enfrentei pessoas, deixei algumas outras de lado, construí sonhos, vários e inúmeros planos... e no começo esses sonhos foram um a um sendo frustados, um a um foram virando nada, foram se tornando sonhos sonhados só, planos não compartilhados... e quando uma expectativa é frustrada é normal que desenvolvamos mecanismos de defesas, é normal que nos tornemos pessoas mais fechadas em nós mesmos pelo simples medo do outro vir a nos machucar novamente, mas o normal nem sempre é o correto.
Quando nos fechamos, não damos a oportunidade do outro mostrar que mudou ou que está disposto a mudar, achamos que independente de qualquer coisas, essa pessoa vai voltar a nos machucar novamente... e acho que isso aconteceu comigo, sei que pode ser um grande erro mas eu não consigo mais ser eu mesmo... não consigo mais tirar essa armadura que me protege das desilusões, da frustração e ao mesmo tempo sufoca meus sonhos e me impede de viver a vida da maneira certa...
Gosto muito da pessoa com quem estou, é uma pessoa importante, alguém que sempre me ajudou em vários momentos, uma pessoa com suas falhas, erros e acertos... mas uma pessoa importante... confesso que ainda a amo, não sei quantificar ou descrever esse amor, mas amo e amo muito, e quando a gente ama a gente quer que o outro seja feliz...
Uma vez em uma das minhas sessões de terapia, minha terapeuta disse que o amor é um dos sentimentos mais sublimes porque o amor liberta... será que chegou a hora de deixá-lo livre?

sábado, 17 de abril de 2010

Ninguém é uma ilha em si só

 Nossa, faz muito tempo que não posto nada aqui no blog, meu ritmo de trabalho e estudo mudou drasticamente e confesso  que não encontro mais tempo para postar da maneira como gostaria, sendo assim acabo apelando para o twitter, afinal 140 caracteres é muito mais rápido e prático, mas a verdade é uma só, 140 caracteres são insuficientes para eu poder extravasar esse turbilhão de emoções que está contido dentro do meu peito, ando represando muito minhas emoções ultimamente e isso não é algo muito bom, na verdade não é nada bom, então decidi voltar a escrever, espero que vocês me perdoem pela minha ausência e me acompanhem novamente.
A vida tem um senso de humor um tanto quanto estranho, digamos que um humor de gosto um pouco duvidoso, ela adora nos pregar peças e nos mostrar quão pequenos ainda somos, ela insiste em nos jogar na cara nossas falhas, e vomitar tudo o que temos de pior, mas como tudo depende do modo como enxergamos as interpéries e principalmente como lidamos com elas, prefiro ser do tipo que vê nas falhas uma oportunidade de melhora.
Esses últimos tempos devido a algumas experiências que tive e que não convém escrever aqui tive a oportunidade de enxergar minhas falhas, que não são poucas e confesso que fiquei decepcionado com o que sou hoje, me vi como uma pessoa egoísta, de sentimentos frívolos, materialista ao extremo, uma pessoa que deixou de dar valor ao que sempre considerou como importante, os meus amigos.
A gente começa a namorar a gente fica um pouco besta, tudo é em favor do outro, deixamos de ser nós mesmos, para sermos aquilo que o outro espera, nos abnegamos de nós mesmos muitas vezes, e essa abnegação advem de sacríficios, e muitas vezes sacrificamos uma multidão em favor de uma pessoa só. Não estou dizendo que é errado você mudar algumas coisas em prol de um relacionamento, o que considero como errado é deixar de ser quem você realmente é e se isolar em uma ilha imaginária em que só cabe você e a pessoa a qual está ao seu lado, isso sim é errado.
Sempre me orgulhei tanto de ter inúmeros e diferentes amigos, cada um de um jeito e de uma personalidade diferente, sempre falava com peito cheio que sempre que precisasse teria alguém para me estender a mão, que tenho os melhores amigos do mundo... e isso não deixa de ser uma verdade, realmente tenho os melhores amigos do mundo, pessoas com as quais eu posso contar em todo e qualquer momento, mas descobri que eu não tenho sido um bom amigo, na verdade não tenho sido nem bom nem mal ... simplesmente não tenho sido amigo de ninguém a não ser de mim mesmo.
E é por isso que estou hoje aqui, escrevendo esse texto, porque me dói e me envergonho de ver o que tenho que me tornado e o tratamento que tenho dado aos meus amigos e as pessoas que sempre fizeram e fazem parte da minha vida.
Antes que vocês pensem que meu namoro está em crise, de antemão digo que estamos bem, sinceramente, estamos na melhor fase do nosso namoro, o NÓS vai bem, mas o EU não está feliz... então sinto que chegou a hora de rever conceitos e fazer um ajuste, porque no final das contas "nenhum homem é uma ilha em si só"!!!