Pensar, pensar e repensar... acho que passei o tempo necessário fazendo este exercício e esse exercício de reflexão foi essencial e me fez descobrir tantas coisas:
Descobrir que a felicidade plena não existe, o mundo é feito de opostos, de extremos distintos, não reconheceríamos o doce se não existe o seu contraponto o amargo, e assim é com a felicidade, só a valorizamos de fato depois que provamos a tristeza, só sorrimos com a alma, quando nossos olhos já gastaram todas as lágrimas da mais vil tristeza.
Descobri que a tristeza, a dor não mata, ela te fortalece, mas somente se você não se render a dor, mas sim aceitá-la, extrair dela a lição que precisa ser aprendida e depois seguir em frente e cuidar de si, não existe dor ou tristeza que seja mais forte do que o poder do autoconhecimento e do amor próprio.
Descobri que os amigos são poucos, mas também descobri que definitivamente a qualidade é melhor que a quantidade, não tenho a quantidade de amigos que pensei que tinha, mas os que eu tenho e que hoje posso chamar de amigos, sei que estão comigo no pior e no melhor, e no final das contas é isso que vale a pena.
Descobri que ser traído dói, mas que perdoar conforta, a mágoa definitivamente só faz mal para quem a carrega, e nessa vida não leva a pena levar bagagem desnecessária, o mundo dá voltas e o tempo se encarrega de colocar tudo no seu lugar.
Descobri que se existe um sentimento libertador, esse sentimento é o perdão, perdoar não é esperar alguém vir até você e pedir perdão, perdoar assim é muito fácil, perdoar é você perdoar mesmo quando a outra pessoa não reconhece seu erro, e até mesmo quando ela insiste nele, essa é realmente a essência do perdão, ele não é um sentimento bilateral, ele é unilateral, algo seu com você mesmo, perdoar liberta, perdoar os outros e principalmente a si mesmo, deixar de se culpar pelo passado, pelo que fez ou pelo que deixou de fazer, perdoar é preciso para seguir em frente.
Descobri que ninguém pode seguir uma viagem longa carregando consigo muito peso, levar o essencial é preciso, assim como deixar para trás tudo aquilo que não nos faz bem ou não nos é útil, afinal precisamos de espaço para guardarmos os presentes que o presente nos dá dia após dia.
Descobri que Deus, não está em uma placa de igreja, mas sim em todo lugar, pronto pra ouvir e pronto pra ajudar quando a gente se dispõe a fazermos nossa parte, afinal tudo nessa vida é uma via de mão dupla, não podemos esperar que nada caia do céu, porque definitivamente nada vai cair do céu ou vir de graça, só consegue as coisas quem acredita e luta para fazer as coisas acontecerem.
Descobri que quando passamos por uma experiência tão dura como uma depressão, nunca mais vamos ser os mesmos, deixamos de ser quem éramos e nos tornamos alguém diferente, ou uma pessoa muito frágil ou muito mais forte, assim mesmo, sem meio termo, mas essa consequência não é aleatória, ela é uma escolha, e eu particularmente escolhi me tornar alguém muito mais forte.
Depois de tudo que passou consigo enxergar a vida de outra maneira, dar mais valor ao tanto que tenho, mudei muito, e hoje sei que a gente não conhece a nossa capacidade de resistir, de lutar e principalmente de vencer... essa é a nossa essência, nascemos para sermos felizes, para sermos vencedores, mas ninguém pode ser vencedor se não existir uma batalha a ser lutada, eu venci a batalha que vinha travando, mas não subestimo meu adversário, muito pelo contrário, sou grato a ele por me forçar a descobrir o meu potencial e a força que não sabia que tinha dentro de mim.
Poderia passar horas aqui as lições que aprendi nesses meses escuros, mas o sono que há muito tempo não vinha de forma natural me impede, mas posso falar com conhecimento de causa que a escuridão não dura para sempre, que quando a gente menos espera o sol volta a brilhar e devido aos dias escuros a gente aprende a valorizar mais a luz, e também a conviver com a escuridão de vez em quando, afinal uma não existe sem a outra.
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