Ontem estava pensando no que me impede de alcançar os meus objetivos, o que me impede de explorar todo meu potencial, seja ele no campo afetivo, profissional, intelectual ou espiritual, e a resposta veio em alto e bom e som e foi curta e grossa "EU", parece que vivo um ciclo eterno de autossabotagem, que quando parece que as coisas vão entrar no eixo e que a bagunça vai ceder lugar ao equilíbrio eu vou lá e dou um jeito de impedir o equilíbrio de chegar e se aconchegar junto junto a mim.
Muito se fala em motivação, muitos dizem que estar motivado é ter um motivo para agir, mas se formos mais a fundo na etimologia da palavra, motivação vem do latim, MOVERE, que significa "deslocar, fazer mudar de lugar", então, mais do que encontrar um motivo para se fazer algo, o que considero muito subjetivo, a motivação é algo simples e objetivo, a motivação não é pensamento, a motivação é ação, é sair do ponto de partida e ir em frente, seja centímetros, metros ou quilômetros, não importa a distância, mas a sim a direção.
Atualmente sinto como se estivesse parado, como se existisse uma bola de ferro presa ao meu pé que me faz ficar prostrado no ponto de partida, imaginando como seria a corrida, quais seriam as paisagens, os concorrentes, os obstáculos e o sentimento de passar pela linha de chegada, o sentimento de realização por ter terminado a prova, e este sentimento dói, porque eu sei, tenho plena e total consciência de que a chave para me livrar desta bola de ferro se encontra no meu bolso.
Não sei se minhas palavras parecem desconexas, ou se não vão fazer sentido para quem as ler, mas pra mim é exatamente este o sentimento, e este sentimento me traz dor, uma dor que nunca pensei que ia sentir, a gente associa muito a dor às moléstias físicas e só quando sentimos as dores da alma é que entendemos ao certo o significado da palavra da dor, é uma dor tão devastadora que só de pensar nela, meus olhos já se enchem de lágrimas.
Não sei quantas pessoas já se sentiram do mesmo modo que eu, ou até mesmo pior, ser refém de si mesmo é terrível, as vezes bate aquela vontade de sumir, de deixar de existir, de simplesmente parar de lutar, mas ainda existe dentro de mim uma faísca de esperança, que faz com que eu ainda acredite que tudo na vida é temporal, que tudo na vida é aprendizado e que as vezes algumas coisas acontecem para nos acordar, dar um chacoalhão em nossa vida e mostrar que é preciso mudar, e que essa mudança não precisa de motivos, que essa mudança não precisa de sinais divinos, essa mudança precisa somente de ação.
Que eu tenha a sabedoria e força para livrar minha mente desta prisão que eu mesmo construí e que eu vá adiante, percorrendo um centímetro ou uma milha, mas que eu simplesmente vá adiante.
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