Pensar e se repensar, comecemos por isso... parar, respirar e olhar para si mesmo nem sempre é uma das tarefas mais fáceis, a auto-análise pode ser de início algo muito doloroso, porque começamos a enxergar que na verdade não somos bem do jeito que pensamos ou que gostaríamos que fôssemos... o exercício do espelho pode ser desconfortável de início, mas se formos corajosos e estivermos dispostos a mudar é o primeiro passo para nos tornarmos seres humanos melhores.
Vivemos em mundo caótico, onde cada vez mais temos que aprender a dançar conforme a música para sobrevivermos e neste baile de máscaras, muitas vezes vamos deixando de ser quem somos para vivermos de acordo com a expectativas do mundo ao nosso redor, somos cada vez mais a pessoa que nossos pais esperam, que nossos colegas de trabalho esperam, que nossos amigos esperam, que nossos companheiros esperam e cada vez menos aquela pessoa que somos de verdade.
Tenho pensado muito sobre isso nos últimos tempos, o quanto de mim realmente é meu, o quanto de mim é a minha essência, e quanto mais vou me perguntando, quanto mais vou peneirando minha alma e tentando separar o que sou eu de verdade e o que é o "eu" criado para se adequar as expectativas dos outros, noto que muito de mim não sou eu de verdade... meio confuso... mas é a realidade.
Vivemos em um mundo que quando somos crianças nossos pais dizem - "Você tem que ser assim para ser considerado um bom menino"-, onde seus professores dizem: "Você tem que ser assim para ser um bom aluno", onde seus amigos dizem: "Você tem que ser assim para fazer parte do grupo", onde a sociedade diz "Você tem que seguir esse modelo para estar dentro do padrão"... Tudo isso é besteira, temos muitos "tem que" mas só um que realmente é importante e significativo ... VOCÊ TEM QUE SER FELIZ E PONTO FINAL.
E para ser feliz é preciso praticar a lei do desapego, se aceitar do jeito que você é, uma pessoas com qualidades e defeitos, entender que você é uma obra de arte ainda em progresso, depois da aceitação é importante que tenhamos coragem suficiente para se desapegar de tudo aquilo que não nos faz bem, por mais que aquilo tenho tenha um significado, é preciso se livrar da bagagem emocional desnecessária, aquilo que só lhe causa peso e incomodo.
É igual quando limpamos um guarda roupa e jogamos roupas velhas foras, as vezes ficamos relutando em nos livrarmos de algumas peças com a justificativa de "essa roupa é especial porque ganhei de fulano", "esta outra eu não posso me desfazer porque eu usei em ocasião X há 10 mil anos atrás" ... e por mais justificativas que tenhamos para mantermos aquela peça no armário só resta a certeza que aquilo é velho, fora do seu tempo, não serve mais e só ocupa um espaço que poderia ser de algo novo e muito mais útil.
Preciso jogar tudo o que não me serve mais, tudo aquilo que não me agrega, tudo aquilo que não me faz melhor.
Essa é a minha meta... praticar a lei do desapego, deixar pra trás aquilo que não faz parte de mim, parar de gastar energias tentando ser o que nunca vou ser e viver a vida ao meu modo, sem machucar ou prejudicar ninguém, mas sendo feliz, porque no final das contas esse é o propósito da vida, sermos felizes e não tem como ser feliz por debaixo de uma máscara.
A felicidade é a verdade, é a sinceridade, é a transparência e principalmente a leveza, por isso deixo pra trás tudo aquilo que não é meu.
"Soltar. Entregar. Deixar ir. Deixar partir. Fluir. Viver no presente. Sem o peso do passado, sem expectativas para o futuro. Saber da nossa finitude. Saber que somos passageiros. Sem posses. Sem medo. Sem culpas."
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