Essa semana minha terapeuta, que eu prefiro chamar de anjo da guarda, ou simplesmente amiga, me deu uma lição de casa, assistir o filme Noiva em Fuga... ela não disse mais nada, ela só disse: "ASSISTA"... como pra mim assistir filme não é nenhum sacrifício, tendo em vista que sou um cinéfilo de carteirinha, lá fui eu para cumprir minha missão.
Ontem no final da tarde eu assisti o filme, Julia Roberts e Richard Gere, impecáveis como sempre e as comédias românticas dos anos 90 são simplesmente sensacionais, um tipo de filme que não vemos mais hoje em dia.
Mas enfim, resumindo o filme, Julia Roberts é uma mulher que já fugiu de 3 casamentos antes mesmo de chegar ao altar, Gere é um jornalista de Nova Iorque que ao saber da história da noiva fugitiva decide escrever uma matéria bem machista sobre ela, a matéria não é bem recebida e no meio de tudo isso ele perde seu emprego e sua credibilidade e para recuperar ambos ele parte para a cidade da noiva fugitiva para provar a todos que a história é real. No desenrolar da história Gere começa a conhecer todas as pessoas que rodeiam e fazem parte da vida da noiva, inclusive os pobres noivos deixados no altar e pouco a pouco ele vai adentrando no mundo tão complicado da noiva em fuga... Algo que me chamou mais a atenção no filme foi o fato de o jornalista ter entrevistado todos os ex-noivos e feito a mesma pergunta "Como a noiva gosta de comer ovos?", e cada um responde de um modo diferente...
OK, mas no final das contas o que os ovos tem a ver com o filme? Os ovos tem tudo a ver com filme...rs...em cada relacionamento a noiva se moldou ao modo de vida do outro, ela deixou de lado quem ela era simplesmente pra agradar o outro, se o noivo 1 gostava de ovos mexidos, ela também gostava... se o noivo 2 gostava de ovos fritos ela também gostava e por ai ia... Muitas vezes as pessoas são assim nos relacionamentos, elas vivem em mundo que não é o mundo delas, elas vivem um personagem só para se adaptar à vida do outro.
E viver esse personagem era o que fazia com que ela sempre desistisse dos seus casamentos, bem lá no fundo ela não queria viver um personagem pelo resto da vida... alimentar um personagem é muito cansativo é muito incômodo e por isso ela sempre fugia... amei o que ela disse sobre suas fugas "...Queria dizer a você sobre porque eu fujo, às vezes, corro das coisas ... quando eu caminhava até o altar, era para alguém que não fazia idéia de quem eu era realmente. E só a metade da culpa era dele, pois fiz todo o possível para convencê-lo de que eu era exatamente o que ele queria. Então, foi bom eu não ter levado adiante, porque teria sido uma mentira..."
O filme foi sensacional, tanto pelo entretenimento proporcionado quanto pela lição aprendida, qualquer relacionamento que queira perdurar, ou mais do que perdurar que queira ser sólido, bonito e feliz enquanto durar, tem que ser construído em cima de verdades, personagens não servem para um casal, pois quando termina o dia vai ser só você e a outra pessoa.Somos individuos, diferentes, únicos e é nisso que está a beleza do ser humano, como um bom anjo me disse "...Os opostos se atraem, mas são nas semelhanças que encontramos segurança..." e que essas semelhanças sejam a verdade, a honestidade e o brilho nos olhos.
Este filme disse muito para mim.
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