sexta-feira, 10 de abril de 2015

Morte e recomeço...


Há algumas semanas atrás eu escrevi sobre a importância de descontruir para construir, falei um pouco sobre a necessidade que tenho tido de fazer uma mudança interior para voltar a me sentir bem comigo mesmo, e tem uma parte do texto onde digo que toda reforma, gera desconforto, acho que estou nesta fase, destruindo algumas coisas, me livrando de outras, é como se nada mais estivesse no lugar que estava, sinto minha vida de cabeça para baixo, mas não é ruim ter a vida revirada, aprendemos a enxerga as pessoas e as situações de diversas perspectivas e isso nos serve para que possamos nos tornar mais fortes, mais inteligentes e mais adaptáveis as adversidades que nos rodeiam.

Sou uma pessoa extremamente ansiosa, só penso no final de tudo que faço, e esqueço que para chegar no final existe todo um caminho a ser percorrido, sou exigente demais, as vezes cruel comigo mesmo, porque qualquer coisa que seja diferente do final  não é o bastante, não me contento com as pequenas batalhas que ganho, não me regozijo no meu dia a dia, porque estou sempre olhando lá na frente, e esqueço que o lá na frente vai ser sempre um ponto de interrogação, o amanhã pode ser ou pode não ser, e com isso esqueço de valorizar o que realmente vale a pena, o hoje.

Tenho passado por experiências que estão me fazendo enxergar que tudo é tão passageiro, a dor, as lágrimas, os sorrisos, a alegria e até mesmo as pessoas, nada é imutável, nada é absoluto, a vida é uma sequência de mudanças, estava lendo que o corpo humano produz em média 300 milhões de células novas por minuto, o que daria por volta de 432 trilhões de células por dia, então por essência a vida é transformação, a vida é renovação, morte e recomeço.

Notei que tenho sido muito resistente, que não aceito que as coisas levam um tempo para acontecer, que os problemas possuem prazo de validade quando fazemos nossa parte, que tudo tem um começo, meio e  um fim, e essa resistência faz com que eu sofra, porque só penso no fim, no resultado final e me perco na resolução. Me falta serenidade, me falta paciência, me falta paz... Hoje pensei muito sobre isso, sobre o meio, porque o início e o fim pouco importam, o que importa é o meio, o que conta é o que se faz da linha de partida a até a linha de chegada, cheguei a conclusão que se eu continuar parado, pensando que as coisas vão se resolver de maneira milagrosa, elas não vão... se eu continuar desmerecendo as minhas pequenas vitórias eu nunca vou ser digno de ganhar esta guerra.

Mas reconhecer a necessidade de mudança é o primeiro passo para uma mudança real, e isso eu reconheço, sei que preciso mudar, sei que posso mudar, só preciso firmar minhas pernas e levantar a cabeça e ir em frente, passo por passo, levando comigo só o necessário e deixando para trás aquele antigo eu que já não tem lugar nessa jornada que tenho pela frente.

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